terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Roubo na delegacia

Achei o tema parecido com o tema de um romance de Agatha Christie ou Sidney Sheldon mas, só o título porque o resto não teve nada de romance. O que se passou hoje na sétima delegacia em Cabedelo-Pb foi uma cena hilária-humilhante ou sei-lá-o-que.


Enquanto estava esperando a escrivã preparar um boletim de ocorrência para que eu pudesse recuperar um documento perdido, chegou um casal em uma motocicleta para prestar queixa de um acidente que havia sofrido lá por perto, fiquei La fila e o casal entrou para falar com alguém noutra sala. De repente começou o que eu chamo de “vuco-vuco”, gente entrava e saia da sala, conversas exaltadas e alguém dizendo: - Faça o “BO”, preste queixa, isso é uma desmoralização!!!  Uma senhora entrava e sai aflita, sem querer levar o assunto às vias de fato. Depois de tanto movimento, fiquei sabendo que a moça que entrou com o rapaz – os mesmo que haviam chegado de moto – no momento de um vacilo que a senhora deu, roubou o celular da mulher em frente ao delegado e colocou em sua bolsa. A senhora, aflita, pediu para alguém ligar para seu celular para ver se o encontrava e o mesmo tocou – adivinha onde! – Isso mesmo: o fuxiqueiro tocou dentro da bolsa da ladra, que estava ao seu lado, na delegacia, na mesma audiência que ela, e em frente ao delegado. 


Todos que estavam na sala onde eu me encontrava, ficaram atônitos e ficamos comentando, que a ladra só podia ser doido, cleptomaníaca ou coisa parecida, outro todas as coisas juntas. Imagina só o constrangimento, ser roubado dentro da delegacia e, ainda mais, descobrir que a ladra te roubou dentro de uma delegacia, em frente ao delegado.


Não sei se isso é hilário, revoltante ou sem explicação, só sei que a confusão foi grande. E dividiu a opinião de quem estava na delegacia. Depois a mulher que havia “perdido” o celular, não quis prestar queixa e deixou que a ladra e o noivo saíssem sem maiores complicações. Daí eu fiquei pensando: - Realmente, nosso sistema de segurança está no fim. A partir do momento que em uma pessoa faz um roubo dentro de uma delegacia e é flagrado na frente de todos e não é preso porque a pessoa prejudicada não deu queixa; numa terra dessas, só quem tem vez é ladrão mesmo.


Vejo que nossas leis não são somente fracas, elas são sem nenhum sentido. São leis inúteis quando se fala de segurança publica.


Concordo com os que ficaram revoltados e faço coro junto a eles na frase mais repetida da sétima delegacia de Cabedelo-PB – “Isso é uma desmoralização!” Aposto que se a mesma cena tivesse acontecido em uma “reunião” numa boca de fumo, na frente do chefe, que a ladra teria sido seriamente punida para saber se comportar diante das “autoridade”. Mas, estávamos em uma delegacia, NÉ????


Se um assalto, dentro de uma delegacia, com testemunhas, e tudo mais não for motivo para prender em flagrante qualquer pessoa, não precisamos de outras leis contra ladrões, assaltantes e canalhas. Temos que ter mais cuidados em nossas vidas honestas pois, para qualquer ocasião os ladrões estão cobertos de razão. A lei é por eles e contra nós.
Estamos lascados!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Salve-se quem puder!

Salve-se quem puder!
Essa seria a frase perfeita para ser usada quando se fala em Segurança Pública no Brasil. Esse também é o título de uma musica interpretada por Daniela Mercury, que emprestou sua imagem para a campanha de desarmamento dos civis brasileiros.
Mas é lógico que essa não é a frase perfeita pois seria contraditória já que ninguém neste pais pode salvar a se mesmo. Esse direito nos foi retirado pelo Estado. Hoje, no Brasil, é crime instituído pela Lei nº 10.826/03 - conhecida como "Estatuto do Desarmamento" — em vigor desde 23 de janeiro de 2003.
Depois de ler o referido estatuto, já de cara, no artigo 4º do Capítulo II, nos deparamos com uma citação que, por se, deixa qualquer cidadão idôneo brasileiro apto a ter em casa uma arma para se defender.

Cap II, Art. 4º
“Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos...”

Quem de nós em sã estado de consciência, duvida da efetiva necessidade de se defender? Haja vista a comprovada incompetência do estado que, ao desarmar o cidadão não lhe oferece o retorno da segurança necessária?

Quem toma decisões deve se responsabilizar pelos resultados advindos dessa decisão. Não é isso que está acontecendo em nosso país em nenhum dos estados da federação e em nenhuma cidade de qualquer um desses estados. O que se vê é crime, violência e insegurança que, por incrível que pareça, tem aumentado vertiginosamente desde 2003 e o Estado, que tomou a decisão de desarmar o cidadão, permanece inerte, sem nenhuma ação eficaz.

O discurso de que proibir a venda de armas de fogo em lojas especializadas baixaria os crimes cai por terra com uma simples comparação, sem querer ser simplista mas, me dando essa permissão: podemos comparar à venda de craque que desde o início da década de 2000 tornou-se uma verdadeira praga no Brasil sem ter uma loja sequer.

O desarmamento também não diminuiu em absoluto as armas de fogo usadas por bandidos nem em quantidade nem em calibre.

O discurso vergonhoso da polícia hoje sobre assalto a mão armada é: Não reaja – haja o que houver, não reaja. Isto é: - seja empecível ao crime. Só está faltando eles admitirem: “Faça como nós, (políticos, policiais e servidores da segurança pública), não reaja, deixe o crime acontecer.
Outro dia assistindo ao telejornal local, fiquei pasmo com a ação policial dando instruções e “educando” pessoas no centro da cidade de João Pessoa. Frente à câmera de TV um capitão da policia abordava as pessoas e dava dicas de como andar, se trajar e o que não portar para não ser abordado por bandidos e assaltado em plena via pública. Lembro que ele elogiou bastante uma senhora que andava todo o tempo em posição de “guarda” de sua bolsa. (bolsa na frente, com a mão sempre em cima dela). A senhora não usava relógio, colar nem brincos valiosos. Também lembro como o policial reclamou de um senhor que simplesmente atendia ao telefone celular enquanto caminhava. Segundo ele, era uma postura totalmente inadequada já que os ladrões poderiam ver o celular e tentar assaltar o senhor.

Fiquei tão envergonhado com essa atitude, pois, na verdade, deveria ser os cidadãos quem deveriam ir à ruas, e ao se encontrar com algum policial dizer: “Parabéns pelo excelente trabalho que nos garante segurança e nos permite andar nas suas sem medo de ser assaltado e morto a qualquer momento”.

A quem interessa de verdade o desarmamento da população se vivemos em uma guerra onde apenas um dos lados tem as armas?
Porque o discurso de que apenas policiais andam armados é muito furado e deveria ser corrigido para: “Apenas as vítimas estão desarmadas”. Pois a polícia e o crime deram as mãos e, num discurso sem palavras, mas de muitas evidências, dizem um ao outro “- Temos um pacto: você não mexe comigo e eu não mexo contigo”.

Para a vergonha nacional o estado se torna cúmplice de bandidos e violentadores da segurança pública quando desautoriza o cidadão a se defender não o defende de forma efetiva.
É claro que esse não é o discurso de um especialista em segurança pública mas, o discurso de um especialista e sentir-se inseguro; especialista em andar com medo nas ruas; especialista em ficar assustado na parada de ônibus sem saber quem chega primeiro; se o ônibus ou bandido.

Os grandes defensores do desarmamento dos civis são o políticos; os artistas famosos e ricos (como é o caso de Daniela Mercury, citada no inicio – que podem pagar capangas ARMADOS para lhes defender; A rede Globo de Televisão e a Fundação Viva Rio – que encabeçou o projeto e é financiada por fundações internacionais e que, segundo a sua própria prestação de contas – aumentou em 64% no ano de 2003; e, lógico, a massa manobrada pela mídia.

Salve-se quem puder, realmente não é a frase perfeita para a nossa situação, pois nós nada podemos fazer. Talvez a melhor frase se a do Chapolin Colorado – E agora, quem poderá nos defender?

Links relacionados e fonte de pesquisa:
http://www.desarmamento.com/
http://www.deolhonoestatuto.org.br/downloads/biblioteca/002.pdf
http://www.amperj.org.br/store/legislacao/codigos/desarmamento_L10826.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=BLSlalT8SDI

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Polícia, pra que te quero?!


Poder das drogas: traficantes expulsam duas famílias de Cabedelo; Polícia faz escolta

Os traficantes mostraram mais uma vez que a lei do tráfico dita às ordens e famílias sem envolvimento com ilegalidade pagam o preço. No início da noite desta segunda-feira (22), mais uma família foi expulsa da residência, no município de Cabedelo, Grande João Pessoa. Esse é o 2º caso em menos de 24horas.

Segundo informações do repórter Emerson Machado, Tv Correio, uma família que morava na Rua São José, no Bairro Renascer 2, foi expulsa por traficantes da comunidade, porque eles suspeitaram que as pessoas teriam denunciado os criminosos a Polícia que culminou na prisão de vários traficantes.

De acordo com os PM´s, a briga por poder entre gangues que lutam pelo controle do tráfico de drogas na área está prejudicando o cotidiano e amedrontando diversas famílias.

Os expulsos pediram socorro do tenente Moreira e dos policiais da 4ªCIA, em Cabedelo, para que os escoltassem na mudança temendo represália dos chefes do tráfico da área.

Em conversa com moradores na comunidade, eles afirmaram ao repórter Emerson Machado, que os traficantes estão expulsando as familiares que eles identifiquem como ‘X9’ (X9 é usados pelos traficantes que significa 'dedo duro').

Na noite deste domingo (21), outra família foi obrigada deixar a residência na comunidade Renascer III, em Cabedelo, por força dos traficantes. Com medo de morrer, os moradores mudaram de endereço escoltados pelos policiais.

Fonte http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matler.asp?newsId=193226
Hyldo Pereira
Agora convenhamos: A Polícia que deveria servir para prender bandidos agora está servindo para ajudar moradores a correr com medo dos bandidos.
Isso prova o que todos nós sabemos. A polícia sabe quem são os bandidos, não prendem porque não quer, ou será que a polícia também está com medo e precisando de ajuda para também fugir dos bandidos? Nem a nossa politica nem a nossa polícia tem coragem de tomar providências a respeito disso.
Antigamente a gente perguntava: "Onde a gente vai parar?" - Agora já sabemos. Paramos no absurdo; não há mais para onde fugir; não há mais o que fazer; TUDO ESTÁ CONSUMADO!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FALA SÉRIO

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Gostaria muito de saber o nome deste artista.
Agradeço ao amigo Gezer que me enviou o vídeo.